Vá lá, vamos lá falar de amor!

Vamos tentar perceber o que é que ele nos quer realmente dizer, o que é que ele quer realmente de nós.Eu percebo, quando satisfeito de minha necessidade egoísta e soberba de meus impulsos, que vivo bem sem ele. E quando estamos juntos, ele não parece uma obsessão egoísta. Não sinto a tua falta ao mesmo tempo que me sinto a pessoa mais fantástica e maravilhosa deste mundo. É aqui que um outro lado da obsessão, um seu outro significado, nos atinge, persegue e envolve.A cisão do Eu com o mundo é inquebrável, mas ao mesmo tempo sem a junção destes compreende-se uma não complementaridade.Como viver nesta constante esfinge de procura de equilíbrio que é um devaneio louco?Pois então vivemos, esboçando uma ideia de estarmos em sofrimento por sermos mimados, de alimento animal e racional que esconde a nossa mística e o nosso valor divino, mas a complementaridade aproxima-nos do sonho no estimulo absurdo e ilusório de perfeição ao conceito de felicidade.O pragmatismo diz que qualquer tipo de realidade, seja ela qual for, é ilusória; e de facto nós já somos felizes, por viver, por sonhar, por fluir e evoluir, etc., toda a percepção de um mundo sensível se estivermos dispostos, disponíveis e atentos a ele.Queremos sempre mais!Pois eu agora não quero! Quero antes mimar-te, dar-te todo o meu carinho e afeição a todos os níveis! E aqui é que atinjo o meu valor divino, o meu Eu absoluto por ser o amor, o sentido primitivo da existência de Deus sobre todas as coisas, incluindo eu, o Homem: todos nós…e nós também.Esta prevalência é que formula o celibato, o grande sentido da entrega à tal preferência do conjugal porque é bonito, bom e maravilhoso.Não me interessa impingir ou acrescentar mais significados nem exprimir outros factores.Monotonia? Isso não existe no amor. Diz-lhe antes: Harmonia! Saber estar para saber ser: o Ser. Não há o porquê, é só saber significar com a nossa idiossincrasia.É por isto que eu apenas e só te amo, e pronto.
Postado por José Pedro Oliveira